Nos últimos anos, a área da saúde vem sofrendo grandes mudanças. Todos sabem que o mercado do setor da saúde está cada vez mais concorrido e com os planos de saúde cada vez mais acessíveis, e oferecendo muitas de possibilidades para que os pacientes escolham entre diferentes profissionais da mesma especialidade.
Somando-se a isso o fácil acesso à internet tem possibilitado a crescente busca por informação e conhecimento por parte dos pacientes. Como resultado, eles estão cada vez mais criteriosos e exigentes. Diante desse cenário, é normal se perguntar como destacar o seu diferencial no mercado?
A resposta é: usando o marketing médico! Sim, essa modalidade de publicidade existe e nós vamos mostrar como empregá-la de acordo com as normas e legislações vigentes atualmente. Continue a leitura!
O que é e qual a importância do marketing médico?
Adaptado à realidade da área da saúde, o marketing médico consiste em estratégias e técnicas para aumentar os lucros de uma empresa (clínica, consultório, etc.), atrair os clientes (que, nesse caso, são os pacientes e seus familiares) e construir sua reputação no mercado.
Nessa modalidade, entretanto, há um grande diferencial: o objetivo principal não é realizar vendas, mas ajudar pessoas. Essa ajuda acontece de duas formas:
- na produção de um conteúdo de qualidade e relevante: um conteúdo com informações sérias, bem pesquisadas e relevantes pode despertar a atenção das pessoas para a própria situação ou sintomas e incentivá-las a buscar ajuda profissional;
- na realização de uma campanha de marketing sem mentiras: o conteúdo de qualidade e ético cria uma relação mais próxima com os pacientes. Isso porque, eles saberão que podem confiar no profissional que está sendo anunciado na campanha.
Essa modalidade de marketing é tão importante que, em algumas situações, pode ser o responsável por ajudar os pacientes a reagirem melhor às soluções prescritas.
Quais erros evitar?
O marketing médico possui uma série de limitações impostas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). As diretrizes estão na Resolução n.º 2.126 de 2015, e vão desde a tentativa de minimizar o sensacionalismo médico até a proibição expressa de algumas práticas. Listamos aqui as práticas proibidas e permitidas. Confira!
Veicular propaganda sensacionalista
Isso seria problemático em qualquer setor, mas a propaganda enganosa ou sensacionalista é ainda mais prejudicial quando se trata da saúde das pessoas. Assim, os profissionais da área não podem comunicar ou dar a entender que podem diagnosticar e tratar especialidades que não possuem. Também não é permitido anunciar diferenciais competitivos, como:
- tecnologia avançada;
- descontos;
- diferentes formas de pagamento.
Garantir resultados
Na medicina não se pode garantir eficácia de resultados; portanto, devem ser evitados superlativos como “o mais eficiente”, “o único” ou “o melhor”.
O caminho para falar sobre resultados é apresentar estudos, pesquisas publicadas, tabelas, gráficos, entre outros, que possam ser estatisticamente comprovados.
Publicar fotos de pacientes
Você viu imagens de “antes e depois” de pacientes que fizeram algum tipo de tratamento? Certamente que sim, não é mesmo? Entretanto, essa prática é proibida pelo CFM. Embora famosa, ela expõe o paciente e associa tratamentos ou medicamentos ao sucesso pessoal deles. Vale ressaltar que a proibição se aplica ainda que os pacientes tenham autorizado.
Divulgar informações que alarmem a sociedade
Diante de alguma descoberta potencialmente catastrófica, como uma epidemia, por exemplo, os profissionais da saúde não estão autorizados a divulgar essas informações, tampouco usá-las para promover o próprio negócio.
Realizar consultas à distância
O conteúdo produzido para sites e blogs das instituições de saúde podem abordar doenças, causas, diagnósticos, sintomas e meios de prevenção; Entretanto, em nenhuma hipótese, podem substituir a consulta presencial do paciente no consultório a fim de evitar o autodiagnostico e a automedicação.
Quais estratégias são imprescindíveis?
Separamos as melhores dicas para você conseguir montar um planejamento sólido e estratégico sem desviar o objetivo mais importante que é cuidar de pessoas.
Defina seus objetivos
No início desse artigo, citamos alguns exemplos de objetivos, mas eles foram mais generalizados. Existem vários objetivos diferentes; você deve elencar o que melhor se encaixa com as necessidades da sua empresa. Alguns exemplos são:
- fidelizar os pacientes atuais;
- conquistar mais pacientes;
- alcançar a posição de autoridade em determinada especialidade ou área da saúde;
- educar a sociedade sobre a importância de certas atividades;
- alertar a sociedade sobre cuidados e perigos de alguns hábitos específicos.
Não importam quais são seus objetivos, eles definirão as ações no restante do planejamento.
Escolha as estratégias do seu planejamento
Embora a tentação seja grande, é preciso escolher apenas as estratégias de marketing que fazem sentido para o seu negócio. Faça escolhas de acordo com seus objetivos. Veja algumas sugestões.
Marketing de conteúdo
Atualmente, essa é uma das principais formas de atrair pessoas. A ideia é criar um conteúdo de qualidade e relevante para os seus pacientes em seu blog ou site.
E-mail marketing
Essa é uma excelente ferramenta para fidelizar o paciente que demonstrou algum interesse no seu conteúdo. Uma newsletter periódica consegue esse feito.
Site pronto para conversão
O site do seu consultório, clínica ou hospital precisa estar planejado e pronto para conversão. Para tanto, ele deve ter um design responsivo, isso é, preparado para ser usado mesmo em dispositivos móveis.
Identidade visual
Quem não é visto não é lembrado, certo? Entretanto, não basta ser visto, é preciso ser reconhecido; para tanto, uma identidade visual bem clara e esteticamente limpa e agradável é fundamental. A identidade precisa ser usada em todos os canais de comunicação.
Como acompanhar os resultados?
Por fim, é indispensável acompanhar os processos e os progressos de cada estratégia empregada no marketing para mensurar se está surtindo efeito ou não. Existem diversas alternativas e ferramentas capazes de oferecer informação de qualidade sobre os resultados das suas ações.
Depois desse artigo, uma dessas estratégias deve ter ficado clara para você: o marketing médico é relevante, necessário e eficiente, desde que feito com qualidade. O ambiente digital é promissor para os negócios, e com a área de saúde não é diferente.
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